30 abril 2005

Recordar....


Rossio - Alcobaça

Ao colocar esta imagem do nosso antigo Rossio, veio-me à memória um artigo que escrevi o ano passado, questionando o executivo camarário se não andaria com as prioridades trocadas. É este o espírito deste BLOG, o de nos insurgirmos e contestarmos democrática e responsavelmente, apresentando alternativas.

PRIORIDADES!!!

Sempre que alguém assume publicamente uma tomada de posição discordante, com intuito construtivo e legítimo, em relação a algumas das iniciativas da Câmara Municipal de Alcobaça, logo os seus responsáveis políticos vêm a público afirmar que estas vozes estão contra o progresso do nosso Concelho. Fazem-no sistematicamente de forma controversa, prepotente e arrogante, como se fossem os únicos possuidores da razão, desprezando as opiniões dos munícipes. Mas...vivemos numa democracia! Felizmente, estas vozes discordantes não fazem mais do que exercer o seu dever cívico e direito democrático à participação.

Quando se levantou o debate sobre o projecto de requalificação da zona envolvente do Mosteiro, não foi por se achar que o mesmo não seria benéfico. O que se questionou, foi o conteúdo e a forma como as obras seriam efectuadas. Não faria mais sentido, primeiro finalizar a VCI, dando assim uma alternativa ao trânsito, e só depois avançar de modo a evitar a enorme confusão a que assistimos hoje em dia na cidade?

Há muito que se vêm falando na limpeza dos rios e na recuperação dos edifícios que circundam as suas margens. Mais uma vez, a prioridade da CMA foi a construção de um passeio pedonal, mas, novamente se começou “a construir a casa pelo telhado”. Os rios continuam poluídos. Os esgotos continuam a ser despejados a céu aberto, aos olhos de todos (só não vê quem não quer, ou a quem não lhe dá jeito) e muitos dos projectos para os edifícios continuam sistematicamente a ser chumbados.

Esta semana os socialistas alcobacenses demonstraram a sua preocupação em relação aos problemas que continuam a afectar a vila de S. Martinho do Porto. A poluição da baía, a conclusão do saneamento básico e o Centro de Saúde, questionando a prioridade dada pela Câmara Municipal de Alcobaça ao já “famoso” elevador panorâmico, que se tornou motivo de polémica entre a população. Mais uma vez, ao ser questionado, o Presidente da Câmara reagiu na sua já costumeira maneira arrogante e prepotente, afirmando "É natural que o PS se coligue com o Jet-
Set, eu coligo-me com as grávidas e as crianças". Sim, é real! Foram estas as “incríveis” afirmações do Dr. Gonçalves Sapinho. O Presidente que acha que um elevador panorâmico “para ver as vistas “ é mais necessário a grávidas e a crianças que um Centro de Saúde.

Poderão eles afirmar que é o preço do progresso. Que se não fosse assim, não teríamos direito aos fundos comunitários, que comparticipam esses projectos, mas que não os pagam na sua totalidade. Mas já se interrogaram se os projectos e as verbas camarárias não deveriam ter sido direccionados em primeiro lugar para suprimir as necessidades básicas do Concelho? E só depois se deveria ter avançado para as grandes obras de embelezamento?

Sempre que alguém assume publicamente uma tomada de posição discordante, com intuito construtivo e legítimo, em relação a algumas das iniciativas da Câmara Municipal de Alcobaça, logo os seus responsáveis políticos vêm a público afirmar que estas vozes estão contra o progresso do nosso Concelho. Fazem-no sistematicamente de forma controversa, prepotente e arrogante, como se fossem os únicos possuidores da razão, desprezando as opiniões dos munícipes. Mas...vivemos numa democracia! Felizmente, estas vozes discordantes não fazem mais do que exercer o seu dever cívico e direito democrático à participação.

Quando se levantou o debate sobre o projecto de requalificação da zona envolvente do Mosteiro, não foi por se achar que o mesmo não seria benéfico. O que se questionou, foi o conteúdo e a forma como as obras seriam efectuadas. Não faria mais sentido, primeiro finalizar a VCI, dando assim uma alternativa ao trânsito, e só depois avançar de modo a evitar a enorme confusão a que assistimos hoje em dia na cidade?

Há muito que se vêm falando na limpeza dos rios e na recuperação dos edifícios que circundam as suas margens. Mais uma vez, a prioridade da CMA foi a construção de um passeio pedonal, mas, novamente se começou “a construir a casa pelo telhado”. Os rios continuam poluídos. Os esgotos continuam a ser despejados a céu aberto, aos olhos de todos (só não vê quem não quer, ou a quem não lhe dá jeito) e muitos dos projectos para os edifícios continuam sistematicamente a ser chumbados.

Esta semana os socialistas alcobacenses demonstraram a sua preocupação em relação aos problemas que continuam a afectar a vila de S. Martinho do Porto. A poluição da baía, a conclusão do saneamento básico e o Centro de Saúde, questionando a prioridade dada pela Câmara Municipal de Alcobaça ao já “famoso” elevador panorâmico, que se tornou motivo de polémica entre a população. Mais uma vez, ao ser questionado, o Presidente da Câmara reagiu na sua já costumeira maneira arrogante e prepotente, afirmando "É natural que o PS se coligue com o Jet-
Set, eu coligo-me com as grávidas e as crianças". Sim, é real! Foram estas as “incríveis” afirmações do Dr. Gonçalves Sapinho. O Presidente que acha que um elevador panorâmico “para ver as vistas “ é mais necessário a grávidas e a crianças que um Centro de Saúde.

Poderão eles afirmar que é o preço do progresso. Que se não fosse assim, não teríamos direito aos fundos comunitários, que comparticipam esses projectos, mas que não os pagam na sua totalidade. Mas já se interrogaram se os projectos e as verbas camarárias não deveriam ter sido direccionados em primeiro lugar para suprimir as necessidades básicas do Concelho? E só depois se deveria ter avançado para as grandes obras de embelezamento?

TROVA DO VENTO QUE PASSA

" Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

...

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não."

Manuel Alegre