26 fevereiro 2006

COMPLEXO


© Diário de Notícias

25 fevereiro 2006

TRABALHO

"Ricardo Raminhos (PS) lembrou que é de pessoas com problemas e necessidades de que se está a falar. O líder da JS caldense aproveitou a sua intervenção para lembrar que desde 2003 que está prevista a instalação do Centro de Apoio ao Toxicodependente nas Caldas."
in Oeste Online 18.02.206


E assim vai a vida de os Deputados Municipais da JS em Alcobaça, Pombal e Caldas da Rainha. A TRABALHAR!

24 fevereiro 2006

DESPORTO PARA TODOS

Intervenção na Assembleia Municipal de Alcobaça de 23.01.2006

A melhor maneira de iniciar a minha intervenção é relembrar aqui as palavras proferidas pelo Sr. Vice-Presidente da Câmara na Assembleia Municipal de 29 de Novembro de 2005. Passo a citar: “ É um espaço de debate e reflexão sobre a estratégia da Câmara Municipal para este mandato, seguramente e que saberemos no âmbito deste órgão encontrar as melhores parcerias para que o nosso concelho progrida e se desenvolva o mais possível. Julgo que todos estão imbuídos desse espírito e seguramente sem prejuízo daquilo que são opções politicas de cada julgo que há um denominador comum que é de facto o progresso e o desenvolvimento do nosso Concelho...”

É esse o espírito que norteia as minhas palavras, e nessa procura de parcerias que me vou centrar, aproveitando o facto de hoje irmos abordar indirectamente a temática do Desporto, tecer aqui algumas considerações e uma proposta sobre a mesma.

O nosso concelho poderá ser considerado hoje em dia relativamente a muitos outros, rico em termos de infra-estruturas desportivas. Para além dos equipamentos municipais, muitas Associações possuem espaços destinados à prática desportiva, embora se debatam em alguns locais com problemas de sub-aproveitamento em termos de utilização, registando-se pelos menos um caso em que o Gimnodesportivo está encerrado. O motivo que está na génese destes problema não se deve à falta de pessoas a querer praticar desporto, mas também em parte à falta de informação, divulgação e a uma lacuna em termos de organização municipal.

Se centrarmos a análise desses problemas em primeiro lugar nas taxas de ocupação dos nossos principais espaços desportivos municipais, especialmente dentro da cidade de Alcobaça, facilmente nos apercebemos do seu ponto de quase saturação. Para tal factor contribui o facto de neles estarem sedeadas Associações e Clubes Desportivos, que com os seus diversos escalões preenchem na quase totalidade, o tempo disponível de utilização.

Factor esse, que leva a que se registe actualmente, o caso de em alguns clubes federados sem instalações próprias, se verem obrigados a treinar a horas em que os seus atletas já deveriam estar em repouso, dado o grau de exigência a que estão subordinados.

Se por outro lado, olharmos para os espaços que são propriedade das Escolas, podemos verificar que durante a semana os mesmos apresentam idêntica saturação, mas aqui ocorre outro facto que é a sua ocupação por munícipes que ocupam assim o seu tempo livre, mas que para o poderem fazer, normalmente têm de proceder à reserva no início do ano lectivo. Acresce o facto do seu encerramento ao fim-de-semana, o que leva a alguns protagonizem episódios caricatos como o de terem de saltar as vedações, para poderem utilizar os Polidesportivos.

Urge, por parte do Município, dar uma resposta a fim de resolver este problema, resposta essa que é de extrema facilidade, e que não acarreta custos financeiros, pois basta aqui assumir o papel de planeamento e coordenação. Como tal propomos:

De modo a fazer primar o direito consignado na Lei de Bases do Desporto, que consagra nos seus princípios fundamentais:

1 - O sistema desportivo, no quadro dos princípios constitucionais, fomenta a prática desportiva para todos, quer na vertente de recreação, quer na de rendimento, em colaboração prioritária com as escolas, atendendo ao seu elevado conteúdo formativo, e ainda em conjugação com as associações, as colectividades desportivas e autarquias locais.

2 - A valência educativa e cultural do desporto e a sua projecção nas políticas de saúde e de juventude;

3 - O reconhecimento do papel essencial dos clubes e das suas associações e federações e o fomento do associativismo desportivo;

Bem como, no capítulo das infra-estruturas desportivas:

1 - As infra-estruturas desportivas sediadas nas escolas públicas são prioritárias e estão abertas ao uso da comunidade, sem prejuízo das exigências prevalentes da actividade escolar.

Para tal deverá esta Autarquia:

1 - Estabelecer uma parceria de cooperação com as Associações detentores de Gimnodesportivos e Polidesportivos.

2 – Estabelecer uma parceria com as Escolas de modo a que os seus equipamentos desportivos estejam disponíveis após o horário normal das aulas.

3 - Essas parcerias, deverão permitir a todos o acesso à prática condigna, quer a nível competitivo, quer a nível de lazer.

4 - O devido Planeamento da ocupação dessas infra-estruturas, deverá estabelecer como prioritário, o acesso em termos de localização geográfica e horário de treinos aos atletas federados.

5 - Os munícipes deverão ter ao seu dispor informação sobre os locais e horas disponíveis, informação essa que deverá estar ao alcance de todos, através de um número verde, sendo também disponibilizada nas Juntas de Freguesia, na Câmara Municipal e do sitio na Internet do Município.

6 – A utilização dos espaços desportivos municipais deverá ser gratuito.

Terei de fazer aqui um parêntesis e relembrar que numa sociedade de informação como a nossa, a disponibilização de informação de interesse público é usual nos sítios da Internet das Câmaras Municipais, posso mesmo arriscar que em 99% dos concelhos do País, tal facto se regista. Alcobaça é uma das poucas e tristes excepções, talvez se deva ao facto de nos quererem presentear talvez com um portal multifuncional de ultima geração, mas todos nós infelizmente, já nos vamos habituando às demoras e contratempos na execução das grandes obras deste executivo.


Voltando ao tema da minha intervenção. Ao assumir este papel, a Câmara Municipal poderia ter aqui um papel preponderante para o incentivo e para o apoio também às Associações, canalizando para elas os cidadãos que procuram um espaço para praticar desporto.

Certamente que esta simples medida não irá resolver os seus problemas, mas certamente poderá aligeirar um pouco as suas dificuldades financeiras. Quanto aos problemas com que estes dirigentes se debatem, penso que é uma das matérias, que dado o seu carácter, mereceria uma Assembleia Municipal Temática.

Para terminar, deixar aqui um reparo ao executivo municipal, de modo a que a lacuna que se verifica na Carta Desportiva Nacional, o de não figurar a pista de atletismo municipal, seja suprimido.

Relembrar aqui também o protocolo celebrado ontem entre a Federação Portuguesa de Futebol e o Instituto do Desporto, que visa a comparticipação pública para a instalação de mini-campos multiusos, que serão espalhados por todo o país, destinados à prática desportiva juvenil.

A instalação dos mini-campos será feita de acordo como um levantamento, a efectuar conjuntamente pela FPF e IDP, das áreas onde exista maior carência de infra-estruturas desportivas de base, particularmente na modalidade de futebol, sendo a construção de cada mini-campo precedida da celebração de um protocolo a celebrar entre FPF, IDP, autarquia e associação distrital ou regional de futebol respectivas.

Seria bom que a autarquia, se já não o está a realizar, viesse a encetar esforços para que o nosso Município fosse contemplado com um desses mini-campos.


É nesta matéria que reside a diferença, na assunção da prática dos cargos para os quais se é eleito em prol dos cidadãos, não na simples e cómoda posição de velho do Restelo, ou de dizer sim porque alguém o disse, nem da mera critica pela critica tipica dos adpetos da politiquice.

Aproveito também para deixar aqui os meus votos de solidariedade e amizade com os meu camaradas João Alvim e João Coelho, que hoje nas suas funções de deputados municipais, terão também a árdua missão em Pombal de contra uma esmagadora maioria PSD, defender verdadeiramente sem qualquer tipo de constragimento os seus munícipes, a JS e o PS.

Nós não somos adeptos de um seguidismo demagogo, pois antes de fazer qualquer juízo de valores sobre pessoas, primeiro procuramos verificar a autenticidade do mesmo.

É AQUI QUE RESIDE A NOSSA DIFERENÇA!

APENAS UM GESTO

Intervenção na Assembleia Municipal de Alcobaça de 23.02.2006 da deputada municipal Ana Ribeiro, no periodo antes da ordem do dia

A bancada do PS apresentou nesta Assembleia Municipal, a 29 de Novembro do ano passado uma recomendação aos Serviços Municipalizados, que se revestia de um importante cariz a nível social. Relembro aqui que o conteúdo da mesma que incide sobre a criação da Tarifa Familiar de Agua. Este tarifário, já na altura adoptado em vários municípios portugueses, tem vindo a ser abraçado por outros desde essa data. Caso recente, recordo aqui, pela sua proximidade, o Concelho de Torres Vedras. Como tal, gostaríamos de saber sobre o andamento da mesma recomendação, dado que uma das bandeiras deste executivo é a qualidade de vida dos munícipes, estou certa que o senhor Presidente de Câmara terá certamente algo a dizer sobre o ponto de situação do mesmo.

Como nunca é demais recomendar e apelar ao espírito da solidariedade social, e como muitas das vezes basta apenas um mero gesto, para influenciar a vida de muitos e como das coisas mais simples pode nascer algo grandioso, quero aqui falar-vos sobre um projecto a nível nacional de nome “Projecto Tampinhas”.

Decerto todos vocês já ouviram falar da recolha de tampas de garrafas, garrafões e afins, para posterior aquisição de cadeiras de rodas. Este projecto, de nome “Projecto Tampinhas”, tem como missão a recolha de tampas de plástico, com o objectivo de as enviar para reciclagem, obtendo assim fundos para a compra de material ortopédico, que é posteriormente oferecido a entidades que dele necessitem. Sabemos que já há bastantes particulares e restaurantes a fazer a recolha das tampas. O problema que se lhes coloca depois é onde as entregar, dado que neste momento, estão identificados apenas 10 locais de entrega no Distrito de Leiria (um em Bombarral, Leiria, Pedrógão Grande, Porto de Mós, e dois em Caldas da Rainha , Peniche e Pombal). Assim, o que propomos é que esta Assembleia Municipal elabore uma recomendação a enviar à Resioeste, dado que a mesma ainda não aderiu a esta iniciativa. Pedimos ainda aos nossos Presidentes de Junta a sua colaboração de modo a que estabeleçam e divulguem, nas sedes das juntas de freguesia um local onde todos poderão depositar as tampas recolhidas, para que posteriormente sejam encaminhadas pela Resioeste para respectiva reciclagem e recolha dos fundos. Para mais informações acerca deste projecto, poderão consultar o seu site na Internet www.tampinhas.org .

É apenas um gesto. Não custa nada a ninguém, mas pode fazer uma grande diferença a muita gente.


PROPOSTA DE RECOMENDAÇÃO APROVADA POR MAIORIA

TRABALHO!

ASSUMIR AS RESPONSABILIDADES!

APRESENTAR PROPOSTAS!

SIMPLES GESTOS!

É ESTE O ESPIRITO DE UMA JS!

23 fevereiro 2006

BAIXA


© Diário de Notícias

EU AINDA SOU DO TEMPO...

"em que militantes da Juventude Popular não transitavam para a Juventude Socialista;

em que havia clara separação de poderes e competências entre os diversos níveis organizacionais: nacional, federativo, concelhio e de núcleo;

em que os militantes da JS não tinham vergonha ou medo de assumirem valores de esquerda;

em que os militantes que o faziam não eram criticados pelos fingidos ou pelos medrosos;

em que os militantes da JS sabiam o que é o socialismo;

em que os valores da esquerda significavam liberdade, equidade, fraternidade, solidariedade;

em que a discussão política se fazia nas Comissões Políticas e não em blogs;

em que a concertação social era uma bandeira dos partidos de esquerda;

em que havia uma união sincera entre a família socialista e não se utilizava as bases apenas para obter votos;

em que a competência e o currículo era mais importante que o cacique;

em que se respeitavam princípios éticos na forma de fazer política;

em que havia liberdade de voto e consequentemente de opinião;

em que não se utilizavam mecanismos opressivos e chantagistas para alcançar vitórias políticas;

em que quem acreditava no socialismo se manifestava em público e em privado contra as injustiças sociais e individuais;

em que a política se subordinava à democracia em vez de a utilizar e perverter para alcançar os objectivos particulares de uma minoria;

em que as bases constituíam o fundamento de um partido e não serviam apenas para perpetuar acriticamente as cúpulas do poder;

em que as Comissões Políticas serviam para discutir de forma séria e consequente política e não para fazer politiquice barata;

... enfim... eu ainda sou do tempo em que ser de Esquerda era motivo de orgulho."

Última edição do Jovem Socialista


Tenho de admitir que concordo com algumas das afirmações proferidas (as realçadas), quanto às outras só as posso interpretar como proferidas pelo natural desalento do militante que as enunciou. Não era é necessário a parte da ofensa pessoal. Apenas reformularia uma e acrescentava outra, que certamente levado pelo empolgar da escrita ou por "esquecimento", o autor não referiu.

- em que militantes da JP, JSD não transitavam para a Juventude Socialista, por meros fins eleitorais, mas por se reverem na sua linha de acção em prol dos jovens;

- em que a discussão política promovida pelo Secretariado Nacional se fazia nas Comissões Nacionais, nos Fóruns, nas Conferências e outras iniciativas mensais realizadas por todo o País.


Não posso é concordar com a sua última frase, pois apesar do visível estado de espírito demonstrado, ser de Esquerda é um motivo de orgulho.

21 fevereiro 2006

PRAZOS


© Diário de Notícias

19 fevereiro 2006

ESTADO DE ESPÍRITO



Neste momento sinto-me exactamente assim.

O árbitro apitou e dirigiu-se para a marca, apesar dos protestos nada há a fazer para evitar este momento. Ao olhar para o banco, vejo o meu colega que neste tipo de lances costuma levar a melhor, mas quem pisou o terreno hoje fui eu, normalmente até é ele que costuma jogar, mas dada as características do jogo e os antecedentes não podia ser hoje ele a estar em campo.

Lanço um olhar fugaz pelo marcador, o público aguarda com expectativa, a minha equipa vai tentando ajudar-me (mas alguns dos meus colegas, dizem que ele irá chutar para a direita, outros para a esquerda, também há aqueles que dizem para não me mexer) antes de dirigir-me para o centro da baliza, sinto a pressão do momento e desligo do que me rodeia, a partir de aqui estarei sozinho, apenas com os meus pensamentos. O suor lentamente começa a cair e sinto cada gota que percorre a minha face como se fosse uma chama, os batimentos cardíacos estão a um ritmo alucinante, olho para cima como que a pedir a bênção divina e fixo o olhar nos olhos gelados do adversário. As imagens de outros momentos passam a uma velocidade vertiginosa pelo meu pensamento, a adrenalina está ao máximo, procuro incessantemente um sinal que o denuncie a cada passo que ele dá, sustenho a respiração, contraio os músculos e é chegada a hora de tomar a decisão....

Mas se no futebol, muitas das vezes mergulho vertiginosamente para a bola, colocando a cabeça, onde muitos nem sequer teriam a coragem de colocar os pés, na política os possíveis danos provocados pela minha decisão pessoal, não irão só afectar-me a mim, mas também a toda a minha equipa.

Em jogo, coloca-se uma possível subida de divisão, não tenho a certeza se iremos ser vitoriosos nessa nova etapa, os riscos são elevados, mas talvez seja a hora de tentar a sorte, necessariamente será necessário a vinda de reforços e uma nova táctica, mas quanto ao resultado final de esta hipotética aventura infelizmente só se poderá saber no fim do jogo. Como tal, continuo a pensar se deverei dar um passo em frente, lançar-me para a direita, para esquerda ou pura e simplesmente ficar quieto, mas o cronómetro, esse é impiedoso e não para, exigindo que uma decisão seja tomada.

18 fevereiro 2006

DECISÕES



Há fins-de-semana assim, uma pessoa olha e apercebe-se que ESTE É O TEMPO de começar a tomar opções pessoais e colectivas.

Mil e uns caminhos por percorrer, mil e uma decisões por tomar, mas sempre norteado por princípios e não por interesses, onde muitas das vezes terá que se por de parte as preferências pessoais em prol de UMA RAZÃO MAIOR, pois só assim acredito que será possível UMA NOVA GERAÇÃO DE CIDADÃOS para GANHAR O FUTURO.

15 fevereiro 2006

SÍNDROMA

14 fevereiro 2006

CONCURSO



Um jornal iraniano decidiu lançar um concurso de cartoons sobre o Holocausto, alegando que é uma prova para verem se o Ocidente é tão condescendente nesta matéria como foi nas caricaturas do profeta. Como tal e para dizerem que o Ocidente não colabora, fica aqui um dos primeiros cartoons candidatos.

13 fevereiro 2006

SANTA IGNORÂNCIA

Há um ano, o padre Nuno Serras Pereira pagou um anúncio a explicar que se recusava a dar a comunhão a quem utilizasse métodos contraceptivos, nesta ultima sexta-feira o semanário Independente entrevistou-o e a santa ignorânica voltou à carga:

Quando questionado sobre os casamentos dos homossexuais, ele ao melhor estilo de dono da razão proferiu afirmações como: "o matrimónio exige capacidade reprodutiva", "a homossexualidade é uma doença", "uma neurose", afirmando ainda que os homossexuais vivem menos tempo e são mais propensos à pedofilia. Quanto aos sexólogos que não partilham da sua visão do assunto, rematou que estão «mal informados».

Sobre o Aborto, as comparações são inacreditáveis: "matar uma criança é mais grave do que abusar dela", "promover a utilização do preservativo é de uma enorme irresponsabilidade", "o Estado não tem o direito de interferir na sexualidade das crianças", "qualquer relação sexual que não seja dirigida à procriação é uma perversão".

Quando foi confrontado com o facto de muitos sacerdotes terem condenado a sua posição à um ano, afirmando que ele tinha feito uma interpretação abusiva do Código de Direito Canónico, ele afirmou "Temos de compreender a ignorância dos outros".

Mas, nós não temos de compreender a Santa Ignorância deste senhor, nem a Igreja Católica deverá deixar passar mais uma vez impune este episódio, mas isso eu infelizmente não acredito que venha a acontecer, pois têm se verificado a completa passividade da mesma em relação a casos idênticos.

11 fevereiro 2006

AGRESSÕES


© Diário de Notícias

"As agressões simbólicas e materiais a Estados e cidadãos europeus merecem certamente a nossa repulsa, nada legitima esse actos hediondos, estão bem uns para os outros, os caricaturistas irresponsáveis e os fundamentalistas violentos, ambos só podem ser alvo da nossa condenação"
Vitalino Canas

Infelizmente tenho de afirmar que neste caso, o político responsável por proferir tais comentários, também deverá ser alvo da nossa condenação.

09 fevereiro 2006

GRITAR

Depois de ter estado esta noite duas horas deitado numa marquesa, e de não ter gritado várias vezes por a muito custo ter conseguido me conter, senti a necessidade de mais uma vez vir a público retomar a questão de o Desporto Amador em Portugal.

Por dia são milhares os que nas mais diversas modalidades se entregam à prática desportiva, contudo e passados quase dois anos sobre o último caso de morte súbita noticiado, tudo continua na mesma.

Esta época, mais uma vez, continuam atletas em competição sem os necessários exames médicos, nem sequer com os mínimos, a incúria dos nossos médicos, dirigentes e governantes assim o permite. Mas se isso é grave, o que se poderá dizer sobre o facto de ser obrigatório ter policiamento num jogo, mas não ser obrigatório ter um especialista na área da saúde, alguém que possa no momento prestar os cuidados médicos primários. Já não é a primeira vez que eu assisto, a um atleta ter que se deslocar pelos seus próprios meios ao hospital mais próximo, para poder ser diagnosticado e receber o tratamento necessário. Um dos casos mais caricatos, acabo por ter de o contar na primeira pessoa, pois na penúltima época, fruto de um choque com um adversário no final da primeira parte, acabei por não conseguir continuar e como as dores nos tórax se iam agudizando, acabei por deslocar-me no meu carro ao hospital, onde me foram detectadas três costelas partidas. Mas como este caso deverão existir centenas, para não dizer mais.

Tudo isto se vai passando diariamente por esse Portugal fora, enquanto os responsáveis pelo Desporto em Portugal, vão concentrando as suas forças e os seus esforços em resolver os problemas do Desporto Profissional, quanto aos problemas dos amadores nada se ouve dizer dos lados da Avenida da Liberdade.

Continuo a afirmar que nada me move contra o Desporto Profissional, mas acho que já são mais do que horas de os atletas amadores terem as “mínimas” condições dignas e seguras para poderem se dedicar à prática desportiva.

07 fevereiro 2006

DIVISÕES

"As deputadas do PS Maria do Rosário Carneiro e Teresa Venda deverão avançar com uma proposta própria para regular as uniões entre homossexuais, caso a JS apresente o seu projecto para legalização do casamento gay. As duas deputadas, eleitas nas listas do PS pelo Movimento Humanismo e Democracia, apresentaram já, em 2001, um projecto sobre o "regime jurídico de vida comum de duas pessoas do mesmo sexo".

Aquela proposta estabelecia para os casais homossexuais um regime próprio, diferente das uniões de facto mas também dos casamentos, "à luz do que outros países já fazem", diz Teresa Venda, e "na linha do que acontecia nos países nórdicos", aponta Rosário Carneiro. E que ia de encontro ao que também Marcelo Rebelo de Sousa defendeu no domingo (ver caixa).

Teresa Venda afirma que se a questão estiver em debate "faz todo o sentido recuperar o projecto". Mas apenas se isso acontecer, porque, de outra forma, não se justifica colocar em cima da mesa "algo que a sociedade não está a reclamar". Rosário Carneiro é menos taxativa na recuperação do articulado - "não faço antecipações" - mas lembra que continua a pensar ser aquela "a melhor forma de responder à procura de reconhecimento social" pelos casais homossexuais, "que é uma situação social nova". O projecto foi rejeitado na primeira comissão do Parlamento "por toda a gente", alegando-se que a questão "não estava na agenda", e foi mesmo "visto como insólito", recorda a deputada.

Divisões na JS

O tema ameaça criar divisões na bancada socialista, mas também na própria JS, que anunciou já ir avançar com uma proposta para a legalização dos casamentos homossexuais. Os nove deputados da JS reúnem-se hoje de manhã para debater a proposta, mas há divergências garantidas, em concreto no que toca à possibilidade de adopção por casais homossexuais. João Portugal, que não pode estar presente, explicou ao DN que enviará um documento expondo a sua posição, contra uma proposta de legalização que permita a adopção. "Sou literalmente contra a adopção de crianças por casais homossexuais e receio que a aprovação de uma lei de legalização do casamento seja um primeiro passo para a legalização da adopção", afirma. João Portugal afirma que a JS não deve apresentar uma proposta até dia 9, data em que o BE apresenta a sua proposta, para poder apresentar um projecto que não corra esse risco . O deputado é taxativo "Não fecho a porta ao casamento homossexual, mas recusar-me-ei a votar uma proposta que seja um primeiro passo para a adopção." Até porque, refere, a sociedade "não está preparada para enfrentar uma situação destas".

O DN apurou que existem outros deputados da JS com dúvidas e reservas nesta matéria, embora prefiram reservar a sua posição para a reunião de hoje. Marcos Sá, outro deputado da Jota, admite mesmo que possa haver uma tomada de posição de apenas alguns deputados do grupo, se não se conseguir chegar a consenso com a direcção. Para já, a proposta da direcção da JS que está em cima da mesa não contempla limites quanto à adopção. Pedro Nuno Santos, secretário-geral da JS, refere que o projecto é "cirúrgico, alterando apenas o estritamente necessário para permitir o casamento". Ou seja, retira-se apenas a expressão "de sexo diferente" do artigo que define o casamento no Código Civil, e, noutros artigos, a expressão "marido e mulher" é substituída por "cônjuges".

A direcção da bancada do PS ainda não deixou claro se viabiliza o projecto da JS, mas tem mostrado pouca abertura. Com o argumento de o tema não ser prioritário."

in Diário de Notícias

06 fevereiro 2006

SER BENFIQUISTA


© Diário de Notícias

Já voltámos a ser piada, só espero que a velha máxima se venha a aplicar " Quem ri por último, ri melhor".

04 fevereiro 2006

PEDIR DESCULPA???


© Expresso

"A Dinamarca não tem petróleo, mas é um dos países mais civilizados do mundo: tem um verdadeiro Estado Social, uma sociedade aberta que pratica a igualdade de direitos a todos os níveis, respeita todas as crenças, protege todas as minorias, defende o cidadão contra os abusos do Estado e a liberdade contra os poderosos, socorre os doentes e os velhos, ajuda os desfavorecidos, acolhe os exilados, repudia as mordomias do poder, cobra impostos a todos os ricos, sem excepção, e distribui pelos pobres. A Arábia Saudita tem petróleo e pouco mais: é um país onde as mulheres estão excluídas dos direitos, onde a lei e o Estado se confundem com a religião, onde uma oligarquia corrupta e ostentatória divide entre si o grosso das receitas do petróleo, onde uma polícia de costumes varre as ruas em busca de sinais de «imoralidade» privada, onde os condenados são enforcados em praça pública, os ladrões decepados e as «adúlteras» apedrejadas em nome de um código moral escrito há quase seiscentos anos. E a Dinamarca tem de pedir desculpas à Arábia Saudita por ser como é e por acreditar nos valores em que acredita?"

Miguel Sousa Tavares in Expresso

02 fevereiro 2006

A REBOQUE


© Diário de Notícias

Há muito que o tema dos casamentos de homossexuais tem vindo a ser falado na nossa estrutura, no congresso nacional, nas legislativas, na última comissão nacional. Mas o facto é que o BE se antecipou e a JS acabou por ir a reboque, acarretando esta atitude o patentear de que muito trabalho ainda havia a fazer antes de apresentar tal intenção. Primeiro o de discutir com a estrutura, segundo o de coordenar com os restantes deputados pertencentes à JS, terceiro o de conseguir o consenso da bancada parlamentar do PS, infelizmente acabamos por ficar pela famosa “obsessão” de aparecer nos media. Só que desta vez, os restantes deputados não compactuaram com tais atitudes do estilo “eu quero, posso e mando” e como tal reagiram, os efeitos ainda estão para apurar, mas o facto é que a comunicação social já deu ênfase ao caso.

" JS não se entende quanto a casamentos homossexuais

Seis dos nove deputados do PS que pertencem à Juventude Socialista (JS) criticaram hoje o secretário-geral da organização, Pedro Nuno Santos, por ter anunciado que vai apresentar um diploma para legalizar os casamentos entre homossexuais.

Em comunicado, os seis deputados da JS declaram-se favoráveis à alteração do Código Civil proposta por Pedro Nuno Santos, mas defendem que "qualquer iniciativa sobre esta matéria deve ser tomada com passos sustentados para que as alterações legislativas tenham sucesso".

"O papel da JS nesta matéria é criar condições dentro do PS para que o PS assuma esta questão como uma prioridade", argumentam os deputados Glória Araújo, Marcos Sá, Marisa Costa, Nuno Antão, Rita Neves e Nuno Sá, sublinhando que " a JS não se constitui como grupo parlamentar autónomo do PS".

Os subscritores do documento, a que a agência Lusa teve acesso, sugerem que o secretário-geral da JS anunciou a apresentação do projecto de lei para legalizar os casamentos entre pessoas do mesmo sexo por "protagonismo político".

"As iniciativas que resultem apenas em espectáculos mediáticos cujo único benefício seja o protagonismo político de quem as promove são contraproducentes", afirmam, contestando o "timing" escolhido por Pedro Nuno Santos, que anunciou a iniciativa quarta-feira.

"Sendo esta questão do foro dos direitos, liberdades e garantias de cada cidadão, não pode estar sujeita a protagonismos individuais nem ser reclamada como pertença de um qualquer património ideológico", reforçam.

São também deputados do PS, além do secretário-geral, Pedro Nuno Santos , os membros da JS João Portugal e David Martins.

O secretário-geral da JS anunciou quarta-feira que vai apresentar no Parlamento um projecto de lei para legalizar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, no mesmo dia em que o BE apresentou à comunicação social um diploma com esse objectivo.

Na tarde de quarta-feira, decorreu a primeira tentativa de casamento homossexual em Portugal, numa conservatória de Lisboa, rejeitada hoje pelo conservador. O advogado das duas mulheres promete recorrer da decisão até ao Tribunal Constitucional.

O secretário-geral do PS, José Sócrates, não se pronunciou sobre esta questão durante a campanha eleitoral para as legislativas do ano passado e o porta-voz do PS, Vitalino Canas, tem afirmado que os casamentos entre homossexuais não são uma prioridade para o partido.

Por sua vez, o líder do grupo parlamentar do PS, Alberto Martins, afirmou à agência Lusa que "a bancada não tem posição sobre a matéria" e que "ainda não a discutiu".

Em declarações à agência Lusa, Pedro Nuno Santos respondeu que tem consciência de que a legalização dos casamentos entre homossexuais "só passará com o grupo parlamentar do PS" e disse que "em nome da JS, enquanto organização, fala o secretário-geral".

"A JS quer envolver o PS e é o que estamos a fazer. Há vários deputados do PS que já se manifestaram favoráveis e vamos continuar esse esforço para alargar a base de apoio", referiu.

"A direcção do PS e o líder da bancada conhecem a nossa posição. Não avançámos antes de falar com a direcção do PS e com o líder da bancada parlamentar ", acrescentou Pedro Nuno Santos. "

Portugal Diário 02.02.2006

01 fevereiro 2006

BAIXA


© Diário de Notícias

Já agora gostava de saber qual é este tipo de baixa, dado que ao comum dos cidadãos não são permitidas estas regalias, como ir à caça, ou ter reuniões de "trabalho" com apoiantes durante o período de baixa.

Outra questão que me "intriga" é as reuniões e jantares com apoiantes, se a campanha presidencial já acabou, estão a apoia-lo em quê??? Será na dita formação do Movimento Cívico ou será que estão a servir-se da orgânica montada durante a campanha, para passar para as disputas eleitorais nas concelhias, federações e por fim na nacional. Pelas palavras que têm vindo a público é o que parece estar a acontecer, senão vejamos:

Ana Sara Brito - "Quem está dentro do PS deve envolver-se nas lutas internas para os órgãos do partido. Essa é mesmo uma obrigação dos militantes, umas vezes apoiando os dirigentes que estão em funções, outras vezes apoiando ou apresentando candidaturas alternativas. Um partido aberto deve funcionar nestes moldes"

Jerónimo Silva - "Há um conjunto significativo de pessoas que não se revêem nas estruturas dirigentes"

José Luís Cardoso - "As próximas eleições internas no PS poderão trazer novidades"

José Emílio Viana - "surgirão com certeza" listas alternativas nas eleições internas do PS. "É necessário que todos os partidos se abram"

Mas o tom dos comentários em relação ao seu timoneiro já é outro, "Manuel Alegre é uma figura nacional, como a eleição presidencial demonstrou, e recusa ser apropriado por candidaturas de âmbito local", mantendo assim o "pseudo" distanciamento, mas todos nós cá estaremos para ver se isso efectivamente vai acontecer.