31 maio 2006

PREVISÕES

© Diário de Notícias

Tal como eu não previ, que o tempo agora é quase uma miragem.

30 maio 2006

POSTURAS

A necessidade da Declaração de Voto e da presente Nota de Imprensa é tanto mais premente porque estas também servem para “salvar a face da JS” enquanto estrutura partidária jovem com 9 Deputados eleitos, lamentando-se que o Secretário Geral da JS, e Deputado, mais uma vez tenha primado pela ausência no debate interno e tenha repetidamente optado por ignorar e não dialogar com os seus colegas jovens de bancada.

24 maio 2006

ENTREVISTA AO REGIÃO DA NAZARÉ

Que radiografia faz do PS de Alcobaça a que vai presidir nos próximos dois anos?

Antes de mais entendo, este cargo como o de “coordenador” dos vários órgãos e grupos de trabalho da Concelhia. Um Partido que não é somente uma estrutura de 20 ou 30 pessoas, mas que concorre às eleições autárquicas e que envolve nos espaços de reflexão e debate centenas de pessoas. Uma força politica em que milhares de pessoas confiam o seu voto, sejam 6000 nas últimas autárquicas ou 15000 como noutras eleições.

Um Partido que, nos órgãos em que está representado, interna e externamente, fez uma renovação profunda nos candidatos às freguesias, na Assembleia Municipal, bem como na sua Comissão Política Concelhia, o que dá garantia de um trabalho renovado e de toda uma nova atitude de enfrentar e apresentar projectos políticos.


Que estratégia vai desenvolver para unir os militantes socialistas alcobacenses?

Uma estratégia assente em apenas uma palavra, TRABALHO, constante e diário. Teremos três anos sem eleições que vão permitir preparar o futuro em duas fases. Numa primeira fase, a prioridade é a organização interna, dotando o Partido de condições de análise, reflexão e debate. Numa segunda fase, o fruto do trabalho interno será apresentado e debatido, em envolvimento directo com a sociedade, permitindo assim a participação de todos na concepção final de propostas e projectos, indo ao encontro das reais necessidades dos munícipes.


Nessa estratégia que papel reserva aos seus adversários das últimas eleições para a CPC?

Exactamente o mesmo papel que é dado aos que comigo concorreram às últimas eleições, aos que optaram por não integrar qualquer lista, bem como aos que, não sendo militantes, estão disponíveis para o trabalho com o Partido Socialista.


Como é que explica que desde há cerca de oito anos autarquicamente Alcobaça tenha virado à direita e como é que pensa contrariar essa tendência facto que nas últimas eleições se acentuou?

Esse tem sido um pensamento recorrente. Alcobaça não virou à direita autarquicamente, sempre foi de direita. Alcobaça teve câmaras socialistas em duas ocasiões e com o mesmo Presidente, penso que essa também é uma reflexão que tem de ser feita.


Que avaliação faz destes oito anos de mandatos PSD?

Uma governação à vista, onde não foi implementado um conceito de desenvolvimento sustentável, onde as parcerias com os munícipes, associações, empresas e legítimos grupos de interesse, que deviam ter sido feitas de forma partilhada, foram praticamente inexistentes.
Sem ter esclarecido os grandes desígnios para o Concelho, o PSD não agiu, reagiu, tendo-se lançado em obras megalómanas, sem ter em conta a realidade a que se destinam, sem salvaguardar as necessidades dos munícipes e as potencialidades específicas do Concelho. Com custos acima das nossas possibilidades, a Câmara está hoje de tal forma endividada, que se encontra praticamente impedida de pedir empréstimos, salvo em situações de carácter especial.


Quais as grandes linhas orientadoras da estratégia política que projecta desenvolver com os autarcas eleitos pelo PS para fazerem oposição?

O conceito estereotipado de oposição de dizer não a tudo e estar contra tudo não é a nossa maneira de estar na política. Como tal, a nossa linha orientadora será o envolvimento de todos os nossos eleitos, em coordenação com estrutura concelhia. Criticando quando assim o é devido, contribuindo para a melhoria das propostas em que nos revemos, apresentando outras como o já o temos feito na Assembleia Municipal.

Estar na oposição significa não só representar uma minoria, mas também um largo conjunto de cidadãos de pleno direito, que entendeu as propostas do PS como válidas e que se traduzem em melhoria das condições de vida dos munícipes.


Dado que nos próximos dois anos não há eleições para mobilizar mais facilmente o partido, como é que pensa fazer do PS de Alcobaça um partido vivo e mais interventivo?

Através do envolvimento e mobilização dos militantes, simpatizantes e pessoas, não só da nossa área política, em ideias e projectos concretos. Vamos apresentar à Comissão Politica um Plano de Actividades ambicioso, rigoroso e exigente, onde constam muitos destes projectos e que pretende definir desde logo, o rumo e a forma onde cada um poderá dar o seu contributo.


Como é que projecta cumprir a promessa de abrir o PS de Alcobaça à sociedade civil? Já existem algumas iniciativas programadas?

Não basta o “abrir de portas” para que as pessoas apareçam. Esse é, aliás, um dos grandes problemas que os Partidos têm enfrentado e que não têm conseguido resolver. Boa parte da nossa linha de acção, já referida, pretende fazer exactamente o contrário, levando o PS para além das suas “portas” através de um conjunto de acções, quer nas freguesias, quer ao nível do Concelho.


A renovação dos quadros partidários é praticamente inexistente em todos os partidos. Como é que pensa contrariar essa tendência no PS de Alcobaça?

O PS em Alcobaça, volto a frisar, é marcado actualmente pela renovação, contrariando a tendência. Para grande parte dos nossos autarcas este é o primeiro mandato. Em alguns órgãos como a Assembleia Municipal a renovação é bem patente, com toda a bancada a ser composta por novos elementos. Nos órgãos internos essa renovação também é evidente. Para todo este trabalho contribuiu e continua a contribuir muito a Juventude Socialista, no seu papel de formação.


Há quem partilhe da ideia de que estes dois anos são para "queimar" alguns presidentes das CPC já que não há ciclos eleitorais. Sente-se um presidente com mandato a um "prazo" de dois anos?

Fui eleito para dois anos. Em politica exercemos os mandatos enquanto as pessoas que nos elegem entenderem que os estamos a dignificar. Este mandato será, como lhe disse, baseado em duas vertentes. A primeira, de organização interna e a segunda virada para o exterior assente num Plano de Actividades exigente e rigoroso. Este foi o programa que apresentámos aos militantes. Daqui a dois anos as exigências serão diferentes. Nessa altura, apresentaremos por um lado o balanço do que fizemos, e por outro a segunda parte do programa que pensamos levar o PS a estar em condições de disputar as eleições autárquicas nas 18 freguesias, na Assembleia Municipal e naturalmente na Câmara Municipal.


Refira-me cinco vertentes que entenda como prioritárias para o desenvolvimento sustentado do concelho e pelas quais o PS de Alcobaça vá dar a cara nestes dois anos?

O desenvolvimento sustentado do Concelho só é possível alcançar se assentar numa estratégia transversal e complementar.
O Turismo, por natureza um desígnio natural, deve ser encarado como uma indústria potenciadora de empregos e garante de qualidade de vida.
A criação de um Gabinete Municipal de Apoio às Empresas é também um dos pilares fundamentais para um Concelho com milhares de micro-empresas. Existem inúmeras carências onde as empresas não têm capacidade de dar respostas sozinhas e onde é imperioso que exista por parte da Câmara um papel activo.
É urgente inverter a ausência total de politicas de implementação da Sociedade de Informação por parte da CMA. O facto de não ter um sítio na Internet é quase caso único no nosso País. A Câmara tem de ser potenciadora de novas soluções, pois as novas tecnologias não são o futuro, são o presente.
Um município com uma área como o nosso, e sobretudo com três grandes pólos de aglomeração populacional, não pode concentrar tantos serviços na sede de concelho. É crucial descentralizar serviços e competências, de forma a melhor servir as populações.
Na Habitação é necessário um Plano Municipal devidamente articulado com o PDM, dado que é uma ferramenta de planeamento indispensável, dando resposta ao excesso de especulação com a propriedade e com os bens imóveis e garantindo o acesso à habitação de qualidade a preços normais e justos, criando medidas que sustentem a razoabilidade.

22 maio 2006

REFORÇOS


© Expresso

18 maio 2006

COITADAS DAS CRIANÇAS!

"O ministro da Saúde decidiu sobre as maternidades antes de qualquer discussão pública. O que está a acontecer prova que Correia de Campos agiu bem no conteúdo, apesar de desprezar, na linha deste Governo, a comunicação dessa decisão.

Estamos em Portugal, onde a aversão à mudança determina o comportamento e sustenta os argumentos da inércia. Estamos a falar da casa que é melhor que a do vizinho, não podendo, em qualquer circunstância, ser pior. É evidente que as razões para a concentração de blocos de parto em unidades com capacidade técnica e meios humanos qualificados para o efeito são simples de entender. Bastaria que vingasse o bom senso. Não basta dizer que o Governo está a contar tostões, numa deriva economicista que determina a política. E já agora não chega pedir ao Governo que explique melhor. A oposição tem a mesma obrigação. Coitadas das crianças!

P.S. Na questão das maternidades, o PSD parece um infantário. Os argumentos parecem birras. Já para não falar das rasteiras infantis. De quem já não tem idade para isso"

Raul Vaz in Jornal de Negócios

Ora aqui está uma resposta à reportagem da Visão

PORQUE CAI O PSD

"Desde que tomou conta do PSD, há um ano, Marques Mendes, o 13.° presidente do partido, tem vivido debaixo de uma chuva de críticas internas. Às vezes, é chuva miudinha, outras vezes, parece-se mais com granizo, mas o líder sobreviveu ao mau tempo e foi reeleito, sem adversários nem adversidades (obteve 90% dos votos dos 20 399 militantes que participaram nas directas), na sexta-feira, 5 de Maio. Nos últimos 12 meses, este mesmo líder venceu todas as eleições que teve pela frente: nas autárquicas, conquistou 158 presidências de câmaras (contra 109 do PS, o segundo classificado) e, nas presidenciais, apoiou Cavaco Silva, o candidato vencedor, permitindo ao PSD celebrar o facto histórico de ajudar a eleger o primeiro Presidente da República que emana da direita portuguesa.

Independentemente destes resultados, e depois de uma campanha interna em que apareceu quase todos os dias na comunicação social, Marques Mendes não consegue parar a descida do seu partido, nas sondagens. De acordo com o barómetro regular da Marktest, o PSD vem perdendo intenções de voto, desde Novembro de 2005, altura em que tinha 38 pontos percentuais. Uma sondagem publicada pelo DN e difundida pela TSF no início de Maio era demolidora: o principal partido da oposição ficava-se pelos 30,5%, muito perto dos 29,7% obtidos por Pedro Santana Lopes nas legislativas de Fevereiro de 2005 (que deram maioria absoluta ao PS).

Numa altura em que o Governo de José Sócrates anda, há mais de um ano, a pedir sacrifícios aos eleitores sem apresentar resultados, por que razão está o PSD a cair, na consideração dos portugueses? Será do líder, que «não é, à partida, um animal televisivo», como diz Marcelo Rebelo de Sousa? Serão as soluções apresentadas que não convencem? Terá a ver com o efeito Cavaco na Presidência? Ou será por causa deste PS, cujas medidas encaixam na agenda liberal de boa parte do centro-direita? Afinal, como se explica a queda do PSD? A VISÃO pôs a questão a estudiosos da política e dos partidos e a políticos que já não estão no activo."
in Visão

Ora nada como ao tecer considerações sobre o porquê da queda do PSD nas sondagens, introduzir na peça jornalistica uma "pequena subtileza" para dar uma bicada no Governo. Será que é para dar uma ajudinha para melhorar os resultados ???

DOWN


© NYTimes

JARDINISSES

Alberto João Jardim afirmou que a aplicação da lei de incompatibilidades, aprovada ontem na Assembleia da República com os votos do PS, BE e PCP é inconstitucional e como tal "não vai ser aplicada" na Madeira, aproveitando para ironizar que "Como nós não vamos aplicar, eu não sei se Portugal continental ou o Estado central ainda têm barcos de guerra para ocupar a ilha".

Ocupar a ilha não diria, mas cortar as verbas!

17 maio 2006

SANTA IGNORÂNCIA II

Pelos vistos a Santa Ignorância do Monsenhor Luciano Guerra continua, no ano passado no editorial do jornal A Voz de Fátima, este senhor escreveu que a ascensão da esquerda na Europa poderia levar a "abortos aos milhões e casamentos de homossexuais aos milhares", vaticinando "nos países mais pobres, mesmo da Europa, corpos esquartejados de bebés vão aparecer em lixeiras de toda a espécie, ao olhar horrorizado ou faminto de pessoas e de animais".

Este ano a sua cruzada continua, agora é o liberalismo, que o leva a proferir afirmações como "Faz-se a apologia do divórcio, desprezando os inocentes, atirados para a valeta, revoltados, deprimidos, acabando na droga, no álcool, na cadeia, no desemprego permanente, no fracasso escolar", e avisando que "exagerando a liberdade entre sexos, desde a idade mais precoce, e fora do matrimónio, banaliza-se o amor esponsal, criam-se vícios, multiplicam-se conflitos, foge-se às tarefas árduas" e rematando que "os europeus, que se preocupam seriamente com a sustentabilidade da segurança social, começam também a perceber que está em risco a existência da população que a sustenta", "o nosso primeiro problema talvez não seja a falta de dinheiro, a baixa produtividade, o fracasso escolar, a corrupção" mas sim "é a perversão do amor", o que acontece "quando o sexo se torna uma droga".

16 maio 2006

PRODUTIVIDADE


© PUBLICO

15 maio 2006

VIDA

Lamentavelmente não há tempo para tudo, e o blog têm ficado para trás.

A minha última semana foi de loucos, uma entrevista, reunião preparatória e Comissão Política Concelhia, Assembleia de Freguesia, Comissão Política Distrital. Quanto ao fim de semana, uma passagem fugaz por Lisboa, seguindo para Leiria para assistir a uma excelente iniciativa da Federação da JS sobre a Europa (infelizmente ficou o registo do desinteresse de muitos, em ambas as estruturas, na participação em actividades de verdadeiro cariz politico), acabando o dia em Braga onde se discutiram propostas para uma organização (que apesar de ter colocado um ponto final na minha militância activa, continua a preocupar-me o seu actual estado e destino) carente das mesmas e finalizando no domingo com uma Reunião de Secretariado Concelhio.

E esta pelos vistos vai pelo mesmo caminho!

08 maio 2006

TEIMOSIA


© Diário de Notícias

Podem considerar as posições de Sócrates como teimosia, mas do que se trata mesmo é de ser firme! Algo que muito dos que o antecederam nunca tiveram a coragem de o ser.

05 maio 2006

PERFORMANCE


© Diário de Notícias

04 maio 2006

HISTÓRIA

"Com a descoberta do caminho marítimo para a Índia, passam os Açores a ser ponto de paragem obrigatório das naus na sua viagem de regresso, o que confere às Ilhas uma grande importância estratégica (que ainda hoje se mantém), contribuindo em larga medida para o seu desenvolvimento económico e social, que a partir do século XVI se faz sentir particularmente em São Miguel, que, nessa época, conta já com uma cidade, cinco vilas e cerca de vinte freguesias espalhadas pela orla marítima. Uma vez que vigorava o regime enfitêutico, isto é, de rendas e foros, começam os grandes senhores da terra a ver as suas rendas cada vez mais aumentadas, exactamente devido à intensificação das culturas agrícolas. Não havia lugar para o pequeno proprietário. Por aqui se pode ver já a desenhar-se as grandes contradições sociais económicas e sociais na sociedade micaelense – por um lado, os grandes senhores da terra, vivendo de rendas e foros, cultivando o lazer em suas luxuosas casas; por outro, os camponeses vivendo do trabalho da terra que lhes não pertencia, obrigados a pagar rendas e foros, sujeitos, além disso, às inconstâncias climatéricas, que ora lhes traziam boas colheitas, ora anos ruins. Com o decorrer do tempo, essas contradições vão agudizar-se, até atingirem o ponto de ruptura – uma emigração maciça para o Brasil, ao princípio; para a América do Norte, depois."
in A Destreza das Dúvidas

No século XXI, regista-se outro fenómeno que é a vinda dos filhos dos grandes senhores para o continente, e nada mais digo!

A FORMIGA E A CIGARRA

Esta fábula adapta-se na perfeição ao trabalho que há a fazer.

Enquanto uns vão cantando alegremente fruto do seu actual estatuto, reforçado nas urnas, outros ao percorrer o seu trilho, vão-se apercebendo que algo não bate certo.

Ao fim de muitos anos no poder, as contradições ocorrem mais frequentemente, as pontas começam a soltar-se, as promessas eternizadas eleições após eleições continuam por ser cumpridas, as pessoas começam a comentar e em alguns casos a protestarem.

É necessário percorrer um longo caminho, ir amealhando e demonstrando que mesmo sem ter o poder, muito se pode fazer. Mas, para esse trabalho resultar, não basta uma só formiga, são precisas muitas mais, pena é que ainda existam cá dentro algumas que se comportem como cigarras, mas essas também o futuro irá lhes ensinar a lição da fábula de Esopo.

02 maio 2006

OBEDIÊNCIA


© PUBLICO