23 fevereiro 2006

EU AINDA SOU DO TEMPO...

"em que militantes da Juventude Popular não transitavam para a Juventude Socialista;

em que havia clara separação de poderes e competências entre os diversos níveis organizacionais: nacional, federativo, concelhio e de núcleo;

em que os militantes da JS não tinham vergonha ou medo de assumirem valores de esquerda;

em que os militantes que o faziam não eram criticados pelos fingidos ou pelos medrosos;

em que os militantes da JS sabiam o que é o socialismo;

em que os valores da esquerda significavam liberdade, equidade, fraternidade, solidariedade;

em que a discussão política se fazia nas Comissões Políticas e não em blogs;

em que a concertação social era uma bandeira dos partidos de esquerda;

em que havia uma união sincera entre a família socialista e não se utilizava as bases apenas para obter votos;

em que a competência e o currículo era mais importante que o cacique;

em que se respeitavam princípios éticos na forma de fazer política;

em que havia liberdade de voto e consequentemente de opinião;

em que não se utilizavam mecanismos opressivos e chantagistas para alcançar vitórias políticas;

em que quem acreditava no socialismo se manifestava em público e em privado contra as injustiças sociais e individuais;

em que a política se subordinava à democracia em vez de a utilizar e perverter para alcançar os objectivos particulares de uma minoria;

em que as bases constituíam o fundamento de um partido e não serviam apenas para perpetuar acriticamente as cúpulas do poder;

em que as Comissões Políticas serviam para discutir de forma séria e consequente política e não para fazer politiquice barata;

... enfim... eu ainda sou do tempo em que ser de Esquerda era motivo de orgulho."

Última edição do Jovem Socialista


Tenho de admitir que concordo com algumas das afirmações proferidas (as realçadas), quanto às outras só as posso interpretar como proferidas pelo natural desalento do militante que as enunciou. Não era é necessário a parte da ofensa pessoal. Apenas reformularia uma e acrescentava outra, que certamente levado pelo empolgar da escrita ou por "esquecimento", o autor não referiu.

- em que militantes da JP, JSD não transitavam para a Juventude Socialista, por meros fins eleitorais, mas por se reverem na sua linha de acção em prol dos jovens;

- em que a discussão política promovida pelo Secretariado Nacional se fazia nas Comissões Nacionais, nos Fóruns, nas Conferências e outras iniciativas mensais realizadas por todo o País.


Não posso é concordar com a sua última frase, pois apesar do visível estado de espírito demonstrado, ser de Esquerda é um motivo de orgulho.