09 maio 2005

Direitos vs Deveres

Passados 31 anos sobre o 25 de Abril, é cada vez mais necessário afirmar a necessidade da participação cívica e política. Direitos esses conquistados por Abril. Esta revolução iniciada e levada a cabo na altura por muitos da nossa idade, empenhados em poder ter o direito de construir o seu futuro em democracia exige-nos que o nosso contributo na construção da sociedade de hoje seja acrescido. Abril não foi só uma revolução por DIREITOS, também o foi acima de tudo por DEVERES.



Nas últimas décadas temos assistido a inúmeros apelos e incentivos a nível nacional e internacional à participação dos jovens, apostando na imaginação, nos ideais e na vitalidade própria da juventude como factores indispensáveis ao desenvolvimento da sociedade, aumentando assim a nossa responsabilidade.



Em 1985, no decorrer do Ano Internacional da Juventude, foi lançado pela Assembleia Geral da ONU, o alerta para o papel importante que os jovens podem ter no mundo, sobretudo no que diz respeito à contribuição que podem dar para o desenvolvimento e a realização dos objectivos designados na Carta das Nações Unidas.



Passados 10 anos, já na década de 90, foi reconhecida a importância do nosso contributo na construção de uma sociedade mais humanizada. Assim, foi aprovado um “Programa Mundial de Acção para a Juventude”, que acentuava a tónica nas acções a empreender pelos diferentes países no domínio das políticas de juventude, e que potenciava como objectivo prioritário a participação plena dos Jovens na vida da sociedade.



Este programa assume que nós, jovens:

- Aspiramos a participar plenamente na vida em sociedade;

- Somos os agentes determinantes da evolução social, do desenvolvimento económico e da inovação tecnológica;

- Com a nossa imaginação, com os nossos ideais, a nossa energia, criatividade e visão queremos servir a sociedade;

- Queremos ter a hipótese de escolher entre integrar-nos num sistema existente ou sermos agentes de mudança;

- Nos sentimos capacitados para encontrar as respostas para os nossos problemas, específicos da juventude mas também da sociedade em geral , acreditando que somos fieis depositários da sociedade futura;

- Exigimos ser ouvidos na planificação do amanhã para um futuro melhor;



Esse é o papel que temos assumido como juventude partidária ao longo da nossa jovem democracia, na luta constante para melhorar a qualidade de vida da nossa e das futuras gerações. Tem sido este sentido de responsabilidade que tem balizado a nossa actuação nestes 31 anos de Democracia.



Nesta data é importante mais uma fez relembrar o compromisso assumido aquando da campanha das legislativas, de uma Política de Juventude pensada e estruturada que permita uma resposta para as inquietações sentidas. O compromisso de lutarmos para alcançar os meios necessários a que os jovens possam construir o seu futuro.



E para alcançar este objectivo, apontámos medidas políticas que visam a Educação, a Formação, a Habitação, o Ambiente, o incentivo ao Associativismo Juvenil, com o intuito de mobilizar jovens, entidades empresariais, Câmara Municipal e Juntas de Freguesia. Mas onde o incentivo ao Associativismo Juvenil, através da luta pela criação dos Conselhos Municipais da Juventude e de Educação se reveste de vital importância de modo a que os jovens possam estar habilitados a participar e contribuir na tomada de decisões nas áreas que mais os afectam.



Abril deu-nos os meios para lutarmos e construirmos o nosso futuro, mas Abril também exige a todos nós que não desperdicemos os direitos conquistados.