AQUÉM
A cerca do Post intitulado 2006, fui interrogado sobre qual era a minha avaliação do trabalho do Secretário Geral e do Secretariado Nacional, como tal aqui fica a minha reflexão e opinião sobre o mesmo.Infelizmente tenho de dizer que apesar do que foi feito até agora (e têm de se dar o mérito a esses eventos), efectivamente está aquém do que o próprio Pedro Nuno anunciou e acredito que sinceramente ele e a Estrutura esperava após o Congresso Nacional. Embora se tenha atravessado um período complicado, com as sucessivas eleições, o facto é que o mesmo não é nem poderá servir como desculpa, pois em anteriores mandatos passaram-se por momentos idênticos, mas soube-se dividir e delegar tarefas de modo a permitir dar respostas adequadas e atempadas no campo da organização (Caravanas e Eventos) e sobretudo no plano político.
A nossa Estrutura precisa e carece de se sentir apoiada pela presença constante da Nacional, apoio esse que deve ser norteado no sentido da promoção e incentivo da discussão política, e não no que infelizmente se têm vindo a comentar (muita das vezes, como diria o Louçã “OLHOS NOS OLHOS”) acerca dos casos de um dito incentivo e apoio que nada mais não parecem ser do que "interferências" no normal funcionamento democrático da Estrutura e que extravasam claramente a sua competência.
A JS é uma organização política e como tal se deve comportar e saber adaptar-se às diferentes realidades. Entendo a necessidade manifestada pelo Pedro Nuno em apostar em propostas fracturantes, pois acha que só assim se poderá obter visibilidade externa, mas como já tive a oportunidade de lhe dizer, é aí que divergimos, entendo que a nossa postura neste momento que estamos no Governo deve ser a de aproveitar tal facto para defender e influenciar medidas que vão de encontro aos anseios e reais preocupações da nossa Juventude. Muitas delas (no campo da Educação, Emprego e Habitação) que vêm do trabalho desenvolvido pelo anterior Secretariado Nacional e como o próprio Pedro Nuno reconheceu numa CPF em Leiria à uns tempos atrás foram e são de extrema importância ("mas não dão visibilidade", pensa e afirma ele).
Ao tentar romper com o passado, está a prestar um mau serviço à JS, pois se (agora) admite que o trabalho do anterior Secretariado Nacional foi bom e importante, então deveria aproveitar as bases que foram lançadas, complementá-las e ser intransigente (como o sabe ser em outras situações) pela sua aplicação. Poderão não dar visibilidade, poderemos não ficar com os créditos, mas se forem aplicadas, "apenas" e "somente" irão permitir a milhares de jovens ter um futuro melhor, afinal esse é o objectivo que nos deve guiar enquanto militantes e dirigentes da JS, ou será a dita visibilidade???