CONTRADIÇÕES
Rescaldo da entrevista a Cavaco Silva na TVICavaco recusou-se a criticar o Governo, por ser candidato presidencial. A jornalista lembrou que em 95/96, igualmente candidato, não se coibiu de atacar o então primeiro-ministro Guterres, a propósito das portagens.
Cavaco diz que os governos não são avaliados nas autárquicas e lembra que ele próprio sofreu duas derrotas em locais (89 e 93) e prosseguiu a governação nacional. Constança perguntou-lhe porque apelou então em 2001 aos eleitores para nas autárquicas darem um cartão vermelho a Guterres.
Cavaco disse em tempos à Visão, lembrou Constança, que o poder de dissolução da AR não poderia ser deixado ao arbítrio ao PR. Agora defende exactamente o contrário, dizendo que se deve confiar na decisão que o Presidente Sampaio tomou em Novembro e que, enquanto presidente, caso seja eleito, se sente confortável com os poderes presidenciais tal como estão.
Em 96, lembrou outra vez Constança, Cavaco atacou forte e feio Sampaio. Agora diz que não responde a ataques e que nem entra nesse tipo de campanha.
São estas algumas das contradições, em que foi apanhado Cavaco Silva, apesar de ter proferido que "Eu só tenho uma palavra". Ficou claramente demonstrado o contrário!