28 janeiro 2007

VIRAR A PÁGINA

Às vezes dou comigo a indagar com os meus botões sobre o porquê de inúmeras situações que vou vivendo.

Têm sido uma constante desde o último mês de Abril, já o era no processo que me levou até essa data, continua a sê-lo após o querer e assumir essa luta colectiva. A responsabilidade de inverter um rumo que achava errado perante tudo o que assisti durante uma década tem um peso enorme no dia a dia. Embora lentamente se vão derrubando algumas barreiras, alterando alguns hábitos que estavam instalados, conquistando pequenas vitórias, a realidade pura e dura é que ainda existe um longo caminho a percorrer.

Infelizmente, nesse caminho que têm de ser percorrido colectivamente, continuam muitos, mesmo alguns que estiveram e estão bem próximos, a teimar em não o querer percorrer.

Finalmente conseguimos chegar à fase da discussão salutar, do informar, do fazer, mas e sempre o eterno mas, não se consegue a mobilização daqueles que no primeiro momento tinham não a responsabilidade, mas sim a obrigação de estar lá.

Caricato e triste ao mesmo tempo é também ver a dupla face de alguns a revelar-se, em público são os primeiros a defender a legalidade, em privado tentam e dão como adquirido que eles estão acima de tudo e como tal imunes à mesma.

Imaginava que iria ser assim e o tempo veio a comprová-lo, como tal não posso nem estou a lamuriar-me, pois seria injusto para com aqueles que comigo estão empenhados verdadeiramente em ultrapassar os obstáculos, mas sim pura e simplesmente a virar a página, pois amanhã é um novo dia e é preciso continuar a luta.

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