13 janeiro 2006

GREVES

Hoje os sindicatos das forças de segurança vieram a terreiro anunciar as suas novas formas de luta contra o fim dos benefícios e pelo pagamento das horas extraordinárias.

Assim a partir da próxima segunda feira a "ameaça" passa pelo cumprimento do horário de saída (17h30) por parte dos profissionais da Polícia Judiciária. O exemplo e o conselho dado pelo Sindicato é que se os agentes estiverem envolvidos numa perseguição aquela hora, deverão a suspender de imediato, pois a partir da aí estarão fora do seu normal horário de serviço. Mais serviços irão ser afectados por esta greve às horas extraordinários, como as buscas domiciliárias, que normalmente são efectuadas à noite quando os cidadãos estão em casa.

Por outro lado, os agentes da PSP irão protagonizar uma inovação nas formas de protesto, como estão proibidos por lei de fazer greve, irão pedir para o mesmo dia férias. O objectivo é protestar contra as alterações aos regimes de aposentação e de saúde aprovados pelo Governo.

Ao serem confrontados pelos jornalistas, que tais medidas a serem levadas a cabo poderão por em risco a nossa segurança, a resposta dada foi "são contingências da luta sindical". Não posso aceitar uma resposta desta, vinda dos representantes das nossas forças de segurança, como é óbvio têm todo o direito de reivindicar, mas não têm o direito de nos colocar em risco.

Das suas reivindicações há que separar as águas, em relação às horas extraordinárias eles têm o direito a serem pagos a tempo e horas, mas o mesmo não o poderei dizer em relação às regalias em termos de aposentação e saúde, já por inúmeras vezes foi referido que os polícias irão consoante a sua idade ser colocados em cargos correspondentes às suas capacidades, quanto à saúde não vejo porque é que eles e as suas famílias têm direito a ter regalias que os restantes portugueses não têm.